Crónica do Colégio Missionário – 17 de outubro de 1947

Inauguração do Colégio Missionário Sagrado Coração

Depois de celebrar a Santa Missa no Bom Sucesso, o Pe. Colombo vai para a Chácara Brasil, a fim de receber a tempo o Bispo, que, chegando de carro um pouco antes da hora estabelecida (8h), chegou à capela sem que ninguém estivesse a recebê-lo! Foi uma falha do dia!

Reunimo-nos todos na capela e, pouco depois, Sua Ex.cia abençoou a capela e os paramentos, seguindo-se a Santa Missa. Depois do Evangelho deu as Ordens Menores a dois seminaristas [diocesanos]. Lindo gesto, gesto auspicioso para os nossos alunos! Também Sua Ex.cia o faz notar nas palavras que dirigiu a todos os presentes, no fim da Missa, onde também anotou que a Missa que celebrou era o aniversário da sua Primeira Missa. Foi uma delicadeza de Sua Ex.cia, que se dignou também abençoar o dormitório e a casa em geral, e participar depois também no pequeno-almoço, preparado para ele e para os convidados mais notáveis. Entre estes incluíam-se o Sr. Romoli Eduardo Paquete, os dois neo-ordenados, o pároco do Monte e o cónego Barreto, Reitor do Seminário. Também os proprietários da casa participaram na Missa, finda a qual, o Dr. Henriques partiu, mas a D. Estrela ficou, servindo à mesa

Antes de deixar a mesa, o Pe. Colombo dirigiu a todos um especial agradecimento pela simpatia e ajuda dada à nova Obra, de modo particular a Sua Ex.cia, acrescentando que os Sacerdotes do Sagrado Coração serão sempre “humildes coadjutores do clero secular”, e é um dado de experiência que as dioceses que dão mais vocações missionárias tornam-se mais ricas de vocações também para os seus seminários. O cónego e o Bispo concordaram, e exprimiram-no acrescentando outras palavras.

Pelas 9.30, a casa ficou vazia de gente de fora. Ficou só o Sr. Romoli até à tarde. No fim da tarde houve Bênção [do Santíssimo], na qual o Pe. Colombo dirigiu algumas palavras aos apostolinhos para que correspondessem com todo o fervor e entusiasmo à nova vida com que o Senhor os privilegiou chamando-os: a sua [vida] seja uma constante aspiração a consolar o Coração de Jesus, dando-Lhe amor e também a alma.

A Obra começou. Que o Sacratíssimo Coração de Jesus, que a ajudou a nascer, a ajude a viver e a crescer para sua glória, e nela encontre conforto e reparação.
Já era noite quando chegaram para dar as suas felicitações duas das irmãs Bianchi-Valparaíso (de uma família de origem italiana), deixando cada qual uma oferta. É a prova da assistência da mão providente de Deus.

Benedicamus Domino sempre! [Bendigamos ao Senhor sempre].

Graças a Deus!

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