Com olhar atónito observamos a Ribeira Brava e a Serra de Água. Como é possível que tal destruição tenha atingido este vale?! As imagens falam por si. Cenário dantesco de destruição qual dilúvio de água, lama, pedras e troncos… É assustador pensar na força desta ribeira com tal força, brava de nome e do correr, e em nada respeitadora das “ditas margens”.
Antes demais queremos como SCJ marcar presença no meio das populações: solidários no auxílio material, humano e espiritual. Promover a esperança no futuro e na ajuda do Coração de Jesus, às pessoas e às comunidades. Nas visitas e na colaboração da limpeza das lamas, na distribuição dos alimentos e na disponibilidade de instalações sentimos e vivemos o unânime desejo de reconstruir a vida. As paróquias da Serra de Água e da Ribeira Brava disponibilizaram de imediato as instalações para acolhimento de pessoas e distribuição de alimentos. Não é possível fazer mais neste estado de coisas. Isto foi possível porque as instalações não foram afectadas e foi preocupação que ninguém ficasse ao relento por falta de tecto. Nota-se nas populações o pânico e o terror do passado e o medo em relação ao futuro. Tudo está à “flor da pele”. Há equipas no terreno para apoio às pessoas. Eu já percorri nestes dias o que foi possível os sítios onde as pessoas se sentem mais isolados e a todos confio ao Coração de Jesus.
É grande o número de deslocados das suas casas, perdidas na força das águas, soterradas ou em perigo de derrocada. Estamos a auxiliar com bens imediatos, como alimentos, cobertores e roupas até a vida ir normalizando. As casas terão ajuda para a reconstrução, necessita-se assegurar o normal e o essencial da vida, por agora. Por isso todo o auxílio que possa minorar as dificuldades é sempre bem recebido…
» Bernardino Trindade, scj